quarta-feira, 17 de junho de 2009

13º Congresso da AME, uma vitória do movimento estudantil secundarista de Mato Grosso.



Nos dias 13 e 14 de junho, ocorreu na cidade de Poconé – MT, o 13º Congresso da AME – Associação Matogrossense dos Estudantes Secundaristas, uma das entidades mais antigas do Movimento Estudantil nacional, completando esse ano 62 anos.

Na condução desse processo cabe destacar o papel fundamental do ex-presidente da entidade, Celso Cunha, que abriu a AME para as diversas correntes do movimento estudantil, conduzindo um processo transparente e democrático em conjunto com a UBES, sendo um dos principais responsáveis por esse congresso histórico.

O Congresso reuniu mais de 400 pessoas, contando com representantes das principais cidades de Mato Grosso: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Pontes e Lacerda, Cáceres, Sinop e São Jose do Povo.

Várias correntes do movimento estudantil marcaram presença no evento, que contou na programação na manhã de sábado com mesa de abertura e debate sobre a Conferência Nacional de Educação. No período da tarde ocorreram os Grupos de Trabalho que encaminharam as propostas. No domingo ocorreu a plenária final que votou as propostas e elegeu Rarikan Heven como o novo Presidente da AME.

Essa atividade histórica tem um papel fundamental para impulsionar o movimento estudantil secundarista para as lutas no Estado nos próximos dois anos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Estudantes protestam contra uso de greve para aumentar tarifa de ônibus

Estudantes denunciam conluio entre empresários e prefeitura para aumentar passagem em passeata pelas ruas do centro de Cuiabá. O manifesto ocorreu hoje de manhã e denunciou que greve de motoristas e cobradores, marcada para iniciar segunda (25), está sendo usada politicamente para elevar a tarifa.

Mais de 200 estudantes das Escolas Estaduais Nilo Póvoas, Mário de Castro, Cesário Neto e Pascoal Ramos e das Universidades como UFMT e ICEC participaram do protesto. O ato foi organizado pelo Fórum de Discussão do Transporte, que reúne várias entidades, entre elas o Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública (Sintep/MT), Instituto de Defesa do Consumidor (IDC), União da Juventude Socialista (UJS), União Nacional dos Estudantes (UNE) e União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).

“O manifesto tem o objetivo de denunciar pra sociedade essa tramóia entre prefeitura e empresários do transporte. Eles estão usando a greve dos trabalhadores do setor para sensibilizar a justiça e conseguirem o aumento”, relatou Rarikan Heven, Diretor da UBES.

A marcha saiu do colégio Nilo Povoas, passou pela Praça Bispo Dom José, seguiu pela avenida Prainha e se encerrou com falas e vaias ao prefeito Wilson Santos em frente ao palácio Alencastro. “Wilson, ladrão, não aumenta meu busão”, “Contra a tarifa municipal, chegou à hora de parar a capital” foram algumas das palavras de ordem entoadas durante a caminhada.

“Esse foi só um aviso ao prefeito e aos empresários do transporte. Vamos voltar às ruas semana que vem se eles continuarem tentando sabotar a população com essa jogada de que para aumentar os salários de motoristas e cobradores é necessário subir o preço da passagem”, informou Pablo Rodrigo, acadêmico de Comunicação Social da UFMT e diretor UNE. Os trabalhadores do transporte reivindicam 13% de aumento, mas os empresários oferecem 2%.

A tarifa é hoje de R$ 2,05 e está impedida pela justiça de aumentar porque o estudo da prefeitura, de R$ 2,42, não possui sustentação contábil. Apesar disso, o prefeito reluta em elevar o preço para R$ 2,30.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Comunidade discute implantação do vestibular unificado


Unificação dos professos seletivos das instituições federais de ensino superior (Ifes) a partir da reestruturação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Esse tema foi o principal ponto do debate realizado hoje (4) de manhã no auditório da Faculdade Agronomia e Medicina Veterinária (Famev). Organizado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe), da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a discussão reuniu representantes dos Sindicatos dos Professores (Adufmt) e dos trabalhadores da UFMT (Sintuf), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc/MT), da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, da União Brasileira de Estudantes Secundarista (Ubes/MT), e do Sindicato das Escolas Privadas, pró-reitores, diretores de faculdades e de institutos, alunos dos cursos de graduação e das escolas de ensino médio públicas e privadas.

As sugestões apresentadas pelos participantes e o resultado do debate serão encaminhados ao Consepe, órgão responsável pelas políticas acadêmicas, que se reúne na próxima segunda-feira (11). Presidente do Consepe, a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder falou do processo de mobilização para discussão da implantação do vestibular unificado e apresentou, em linhas gerais, os elementos do termo de referência enviado pelo Ministério da Educação (MEC). Discorreu sobre a dimensão política da proposta que contribui para a construção de um sistema nacional articulado de educação; oportuniza a consolidação de um sistema único de avaliação das ifes; possibilita a participação democrática em processos seletivos em até cinco ifes; mobilidade estudantil; e gratuidade, permitindo maior participação dos estudantes de ensino médio das escolas públicas.

Com relação à dimensão pedagógica, explicou a reitora, é uma oportunidade de se repensar o ensino médio, a partir das novas diretrizes do novo Enem, focada em habilidades e conteúdos mais relevantes, sinalizando concretamente para novas orientações curriculares; e reflexos nas licenciaturas, com vistas à formação docente alicerçada nesse novo paradigma.

Maria Lúcia Cavalli falou ainda sobre as formas de utilização do novo sistema; de participação; das características; preocupação em avançar da base informacional (memorização de conteúdos) para a base de construção de conhecimentos (tônica principal); quais os conteúdos do exame; inscrições de candidatos, funcionalidade; resultados e calendário do novo vestibular unificado.

Preocupações - A falta de discussões sobre o tema; a pressa para aprovação do novo sistema do processo seletivo das ifes; o número excessivo de perguntas para um curto espaço de tempo; problemas do ensino médio e da educação brasileira foram aspectos abordados pelos representantes da comunidade universitária.

Favorável à implantação do novo sistema do processo seletivo, a coordenadora do Ensino Médio da Seduc/MT, Ema Marta Dunk Cintra disse ser essa uma oportunidade para repensar o ensino médio e de atender os alunos mais carentes. Considerou importante, por meio da mobilização nacional, construir uma proposta coletivamente e de ter um ensino médio adequado.

O presidente da Adufmat, Carlos Eilert, questionou sobre o número excessivo de perguntas (100) para serem respondidas em um curto espaço de tempo (5 horas); e sobre os recursos para a moradia dos estudantes. O coordenador do DCE, Gelder Pompeo, também ressaltou a preocupação da entidade com a falta de recursos e a política do MEC “feita por decretos”. “Essa mudança do ensino médio é apenas para maquiar a falta de recursos”, criticou.

O diretor da Ubes/MT, Rarikan Heven, se posicionou favorável à unificação do processo seletivo. “Essa é uma antiga reivindicação dos estudantes”, frisou sugerindo a ampliação da proposta com a implantação do vestibular seriado. Ele defendeu ainda que haja avanços na qualidade do ensino público.

Os representantes das escolas privadas criticaram a “pressa em implantar o novo sistema”. Eles defenderam uma maior discussão sobre o tema. Destacaram também os problemas no ensino básico e no ensino médio e a preocupação com a grade curricular e formação dos professores.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Cáceres




Estudantes de Cáceres (MT) realizam grande passeata e ocupam a UNEMAT

No último dia 23, a UBES e a UMES de Cáceres (MT) realizaram uma grande passeata pelo centro da cidade. Mais de mil estudantes invadiram as ruas da cidade para reivindicar o fim do vestibular, a reserva de vagas para alunos de escola pública nas universidades públicas. O ato também manifestou a contrariedade do movimento em relação às cotas para a meia-entrada e exigiu melhorias na educação do município e do estado. Durante a passeata, a população de Cáceres se juntou aos estudantes, reforçando o coro por um novo sistema educacional.
De acordo com a vereadora e presidente do Sindicato dos Professores da Rede Pública de Cáceres (SINTEP), professora Lúcia, "a mobilização teve grande importância para a população e para Cáceres, porque mostra a necessidade de lutar por melhorias na educação". Ela ainda lembrou da luta dos professores pelo Piso Salarial Nacional.

O diretor da UBES Rarikan Heven dirigiu o ato explicando para a sociedade a necessidade do fim do vestibular e da aprovação das outras bandeiras da manifestação. "Essa mobilização marcou o início de uma série de outras que vão acontecer nas principais cidades do estado de Mato Grosso, sendo a próxima em Cuiabá", disse. Os estudantes também lembraram o momento crítico da Universidade Estadual de Mato Grosso (UNEMAT), que passa por uma grave crise financeira causada pela má administração da reitoria e por falta de investimentos do governo .

"A UMES pretende realizar várias outras manifestações até conseguirmos alcançar a aprovação das nossas propostas, principalmente até que o governo estadual aumente a verba para a educação", discursou Wilton, presidente da UMES de Cáceres.

A passeata, que contou com a presença de quase todos os colégios da cidade, teve início na Escola Estadual Onze de Março, passando pelas principais avenidas locais. Os estudantes realizaram também um ato na frente do cinema do município, que não respeita a lei da meia-entrada.

No encerramento do ato, na UNEMAT, os estudantes invadiram os saguões da Universidade gritando palavras de ordem a respeito da reserva de vagas e pelo fim do vestibular. Por meia hora, as aulas ficaram paralisadas e alunos e professores se juntaram aos manifestantes para pedir socorro para a instituição. O coordenador do campus convidou a UBES e a UMES para discutirem a reserva de vagas e o fim do vestibular.

Depois, foi realizado um seminário para discutir as propostas das entidades para a Conferência Intermunicipal de Educação, os rumos para o movimento estudantil na cidade. Foi convocado também o Conselho Municipal de Grêmios (COMEB) para o dia 10 de Julho.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

UNE e UBES reivindicam participação no debate sobre o modelo de vestibular unificado

Entidades ainda cobram políticas de assistência estudantil mais adequadas a realidade dos estudantes brasileiros

O assunto que têm esquentado as pautas sobre educação nas ultimas semanas refere-se à intenção do ministro da Educação, Fernando Haddad, em unificar os vestibulares das universidades federais ao ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio). A proposta foi apresentada pelo ministro aos reitores das universidades que não chegaram há um consenso. De acordo com o ministro o ENEM seria reformulado, passando a adotar um novo formato onde visaria promover o aprendizado necessário para a formação e desenvolvimento do raciocínio.

A proposta do ministro é criar, a partir de acordo com os reitores das universidades, um processo de seleção unificado para todo o País a ser testado nos vestibulares para o ano letivo de 2010, que serão aplicados este ano. Segundo Lúcia Stumpf, presidente da UNE, "o exame unificado poderia forçar a criação de um sistema nacional de educação. Isso significa estabelecer um padrão de ensino para todo o país, garantindo que os estudantes do norte e do sul aprendam as mesmas coisas".

Lúcia vai além, cobrando do MEC uma política mais consistente, pois o novo modelo não responde as necessidades dos jovens de baixa renda. "É muito importante e necessária a assistência estudantil que garanta o jovem na universidade, com alimentação, moradia e transporte até a conclusão do curso, seja na universidade pública ou privada".

O presidente da UBES, Ismael Cardoso, faz uma critica ao processo de construção ao modelo unificado de vestibular do ministério que não ouviu os estudantes. "Este modelo unificado avança em algumas questões, mas é característico de uma proposta construída só por docentes". Ismael ainda questiona: "Como um estudante do Ceará, que alcança uma média para estudar em universidade do Paraná, vai se sustentar em um estado que não é a realidade dele, longe da família? É uma proposta que não democratiza a universidade pública".

Esses critérios definem pautas levantadas no projeto de reforma universitária da UNE que implica a democratização do acesso a universidade, da permanência e estrutura interna e atenda as demandas dos estudantes e para o desenvolvimento do País como a autonomia universitária, que inclui entre outros pontos, democracia, com eleição direta para reitor nas universidades com eleição paritária e pelo fim da lista tríplice; acesso, pela implementação imediata do PL 73/99 que garante Reserva de Vagas para estudantes de escola pública, e cotas e assistência estudantil que contemple alimentação, transporte e moradia estudantil.

A regulamentação do Ensino Privado, contra a mercantilização e desnacionalização da educação; a reestruturação acadêmica e curricular, rompendo com a antiga fórmula da unilateralidade na relação professor-aluno; ensino profissional e tecnológico, que vise a criação bolsas de pesquisa e extensão para ensino tecnológico e cefets; pesquisa, pela ampliação e aperfeiçoamento do sistema de pós-graduação e extensão que garanta carga horária mínima de atividades de extensão nas grades curriculares dos cursos de graduação.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Jornada de Lutas

O mundo enfrenta uma grave crise da economia capitalista que já tem seus
reflexos sentidos no Brasil.

Nós, jovens, estudantes e trabalhadores, não temos qualquer responsabilidade com essa
crise mundial, que é consequência da infinita ganância dos grandes especuladores
capitalistas.

Afirmamos que essa crise não é nossa e não aceitaremos calados que nos façam pagar
seu preço. Sua origem está bem distante de nós, lá para os lados de Wall Street. Ainda assim, já sentimos na pele seus efeitos.

Na Educação, universidades privadas estão diminuindo gastos à custa da qualidade. Os
tubarões do ensino não aceitam diminuir suas altas taxas de lucro e por isso mesmo não são poucas as instituições que, se aproveitando da crise, estão demitindo em massa professores e funcionários ou mesmo fechando as portas sem oferecer maiores
explicações ou qualquer perspectiva aos estudantes. A Universidade pública corre o risco de ver o seu orçamento cortado pelo contingenciamento de verbas voltadas às áreas sociais. Nas demissões que começam a acontecer, são os mais jovens os primeiros a serem dispensados e devemos estar na linha de frente para exigir medidas do governo que proibam demissões.

Se a bomba estoura com mais força no colo da juventude, a reação precisa vir de nossas mãos. Nossa geração não optou pela crise, mas lamentar não é uma opção. Precisamos tomar as ruas, aproveitar a oportunidade que esta crise nos proporciona e sepultar para sempre o projeto neoliberal a partir da queda do muro deles, o Wall Street.

Neste cenário de dificuldades, somente com ações amplas e unitárias seremos capazes
de combater o desemprego e os cortes do orçamento público e fazer aprofundar as
mudanças em curso no nosso país. Nossa maior arma é a pressão das ruas.

Convocamos, portanto, todo o movimento estudantil brasileiro às ruas construindo
grandes mobilizações no próximo dia 30 de março em unidade com o conjunto do
movimento social brasileiro em defesa do direito à educação, a meia entrada e por verbas públicas para as universidades públicas. Na Jornada de Lutas que se aproxima daremos nosso recado. Não pagaremos por esta crise! Queremos mais conquistas para a
educação!

Dia 30 as 9 da manhã na Praça Alencastro.

quinta-feira, 12 de março de 2009

UBES pressiona senadores em defesa da reserva de vagas



A blitz nos corredores da Casa aconteceu nesta quarta-feira (11). Os estudantes foram recebidos pelo presidente do Senado, José Sarney. Do gabinete de Sarney, eles seguiram para outros gabinetes, em busca de apoio para o projeto

A luta pela aprovação do projeto de lei da Câmara 180/08, que reserva 50% das vagas em universidades federais e estaduais para alunos egressos de escolas públicas ganhou novo gás nesta quarta-feira (11).

A juventude tomou conta do Senado Federal, em Brasília (DF). Com camisetas estilizadas, faixas e panfletos, centenas de estudantes de diversas regiões do País ocuparam o Senado em uma manifestação para pressionar os parlamentares a aprovarem imediatamente o projeto. O texto aguarda deliberação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), presidida pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Durante a Blitz da Reserva de Vagas mobilização organizada pela UBES, o presidente da entidade Ismael Cardoso, ressaltou a importância da aprovação do projeto como instrumento de inclusão de milhares de brasileiros que não conseguem entrar numa universidade.

"Não aceitamos mais ficar de fora da universidade. Viemos conversar com cada senador e pedir o apoio pela aprovação do projeto. O Senado precisa atender a um anseio da população, que apóia amplamente o mecanismo", explicou.

O grupo de estudantes de diversos estados e entidades estudantis – circulou pelos corredores da Casa para argumentar com os senadores e reivindicar o apoio à reserva de vagas. Os jovens foram recebidos também pelo presidente do Senado, José Sarney.

"O que acontece hoje é que quem estuda no ensino médio privado entra para a universidade pública e quem estuda no ensino médio público entra para a universidade privada", protestou Ismael.

Os estudantes pediram o apoio de Sarney para a aprovação da reserva de vagas. Apesar de se dizer favorável à medida, o presidente da Casa afirmou que, para que o projeto seja colocado em pauta, será necessário primeiro aprová-lo na CCJ.

A passagem pela capital federal foi finalizada com um ato, em que palavras de ordem como "Filho de pedreiro vai poder virar doutor", "Sou estudante, quero estudar. Reserva de Vagas Já!", chamaram a atenção dos parlamentares, funcionários e demais pessoais que passavam pelo Congresso Nacional. Vale ressaltar que a realização do ato só foi possível do lado de fora do Senado, já que somente um grupo menor foi autorizado a entrar e falar com os senadores.

As cotas já vêm sendo adotadas no país, mas não existe uma lei aplicável a todas as universidades públicas. Nem todas as instituições aderiram à política, e as que adotam esse tipo de programa criam regras próprias para garantir a reserva de vagas para negros e pardos - e, eventualmente, também indígenas.

Acompanha a tramitação do projeto
O projeto foi apresentado na Câmara pela deputada Alice Lobão (DEM-MA). O texto prevê que as vagas para os segmentos étnicos - reservadas por curso e turno - sejam ocupadas por aqueles que se autodeclararem negros, pardos ou indígenas. A distribuição de vagas por cada um dos grupos será, no mínimo, igual à proporção dessas etnias na região onde estiver instalada a instituição de ensino, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Demóstenes disse ainda que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) deverá apresentar na reunião da CCJ desta quarta-feira (11) proposta de audiência pública para debater o tema. Com isso, ele acredita que o projeto será reformulado, não ficando na forma como recomendado pela relatora, Serys Slhessarenko (PT-MT), que defende a instituição das cotas. Tasso deverá apresentar voto em separado na reunião seguinte, após pedido de vista da proposição.

Ouvida depois da visita dos estudantes ao presidente da CCJ, a senadora Serys Slhessarenko minimizou a polêmica em torno da matéria e disse que, provavelmente, fará algumas modificações em seu relatório, para tornar mais clara sua redação.

- O senador Demóstenes está contrário, assim como outros senadores, porque acha que é uma questão de renda, que tem de ficar mais explícita, o quanto está para a questão de renda e o quanto está para a questão de raça. Vamos explicitar a redação. É isso que nós vamos buscar e não será necessário o voto em separado - disse a senadora.

Serys elogiou a participação de integrantes da UBES, que vieram ao Senado para pressionar pela aprovação da proposta. Disse que há "uma parte interessada, que está mostrando sua opinião, sua busca, sua vontade".

quinta-feira, 5 de março de 2009

GENPO 2009

Presidente – Renato Sagula
Vice – Presidente –Alexandre Emanuel 1º D
Conselheiros: Rarikan Heven, Raylander Maia, Marciano Rodrigues e Aquila Malcã.
Secretário Geral – Ariane Adriely 2º
Primeiro Secretário – Williann Torres 1º C
Tesoureiro Geral – Ana Claudia Fernandes 2° A.
Primeiro Tesoureiro – Gleyson Silva 1º A.
Coordenador Geral: Mara Meire 3º A.
Coordenador Matutino: Luan Marques 1º F.
Coordenador Vespertino: Victor Hugo 2º H.
Coordenador Noturno: Tamara Geórgia 1º II
Diretor Social – Paulo Henrique 3º A, Daniela Oliveira 3º A e Kamila (Noturno)
Diretor de Comunicação – Marcos Velasco 2º e Yves Marcel 1º E.
Diretor de Imprensa – Gene 3º B, Kryslaine Michelly 2º I e Reinald 1º A.
Diretor de Esportes – André Vinicius 1º D, Jozan Diego 1º I, Kessi 6ª B e Renner Abbas 3º A.
Diretor de Cultura – Meyrellyson Rodrigues 2º H, Maysa 3º e Yasmim Ormond 2º B.
Diretor de Políticas Educacionais – Ellen 7º A, Renan 1º F e Emilli 3º I (Noturno)
Diretor de Mobilizações sociais – Guilherme 7º D, Rodolfo Kusumoto 2º e Tamires 2º II (Noturno)
Diretor Anti-Preconceito: Rodail, Angélica Lima 3º A

11 de março: UBES vai ocupar Senado em defesa da reserva de vagas

Estudantes farão vigília no plenário do Senado para pressionar pela aprovação do Projeto de Lei

A UBES está convocando estudantes de todo o País para uma ocupação no Senado Federal em defesa da reserva de vagas no dia 11 de março. O objetivo é pressionar os parlamentares pela aprovação do PL 3.913/08, que reserva 50% das vagas em universidades públicas para alunos de escolas públicas.

Dentro desta cota, haverá vagas específicas para candidatos que se declararem negros ou índios, proporcionais de acordo com a região do país em que está a instituição de ensino. Os deficientes também teriam vagas reservadas, independente de terem estudado em escolas públicas.

"Sempre defendemos a reserva de vagas, pois compreendemos que só dando oportunidade ao povo é que poderemos transformar nosso País. Nessa ocupação vamos reforçar nosso posicionamento e pressionar para que o projeto seja aprovado o quanto antes", afirma o presidente da UBES, Ismael Cardoso.

O projeto
As vagas reservadas pelo sistema devem ser preenchidas por candidatos "autodeclarados negros, pardos e indígenas", em número no mínimo igual à proporção destas populações no Estado onde fica a instituição de ensino. Para tanto, serão considerados os dados do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Um acordo entre os parlamentares também incluiu um critério social no sistema de cotas. Assim, 25% das vagas reservadas serão destinadas para aqueles que, além de terem estudado em escolas públicas, sejam de famílias com renda de até um salário mínimo e meio por pessoa (cerca de R$ 622,50), independente de raça ou etnia.

De acordo com o texto, as universidades públicas deverão selecionar os alunos do ensino médio em escolas públicas tendo como base o coeficiente de rendimento, obtido através de média aritmética das notas ou menções obtidas no período, considerando-se o currículo comum a ser estabelecido pelo Ministério da Educação. As cotas deverão ser respeitadas em cada curso e turno das universidades.

O texto faculta às instituições privadas de ensino superior o mesmo regime de cotas em seus exames de ingresso.

UBES

Ubes 60 Anos
Em cada escola um Grêmio construindo uma nova escola.
Contra o Aumento da Tarifa Municipal e pela Ampliação do Passe Livre.

É um ano muito importante para os estudantes brasileiros onde comemoramos 60 anos da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que desde a sua fundação sempre cumpriu seu papel em defesa do Brasil e de uma Educação Pública, Gratuita, Laica, Democrática e de Qualidade.

Já na década de 50 a UBES foi a pioneira na campanha “O petróleo é Nosso” que culminou na grande vitória que foi a criação da Petrobrás que hoje é um dos símbolos do orgulho nacional. Nas décadas de 60,70 e 80 a UBES foi importante na luta contra a Ditadura Militar e pela Redemocratização do Brasil. Outras lutas foram símbolos dessa gloriosa entidade como as Diretas Já, o Fora Collor, a Lei do Grêmio Livre, volta do ensino médio integrado com o técnico nas escolas técnicas, criação do FUNDEB e entre outras conquistas.

Nos dias de hoje a UBES continua a todo vapor, com o som bem alto, nas escolas e nas ruas de nosso país, lutando pela construção de uma nova escola com mais verba, democracia e qualidade.

Em Cuiabá não é diferente a UBES está nas ruas lutando juntamente com o SINTEP pelo reajuste do piso salarial da categoria dos professores da rede estadual, contra o aumento da tarifa municipal e ampliação do passe livre. Começamos o ano participando e sendo destaque numa grande passeata no dia 18 de fevereiro onde os estudantes e a sociedade cuiabana foram para as ruas lutar contra o aumento da tarifa e pela ampliação do passe livre.

Esse foi apenas o começo de um ano repleto de mobilizações para que possamos alcançar todos os nossos objetivos de conseguir uma cidade, um estado e um País com acesso a um transporte digno, educação pública de qualidade, novo modelo de acesso a Universidade pública, professores bem remunerados, passe livre irrestrito e não as cotas na Meia Entrada.


Rarikan Heven – 1° Diretor de Políticas Institucionais da UBES
www.ubesmatogrosso.blogspot.com // www.ubes.org.br