quinta-feira, 26 de março de 2009

Jornada de Lutas

O mundo enfrenta uma grave crise da economia capitalista que já tem seus
reflexos sentidos no Brasil.

Nós, jovens, estudantes e trabalhadores, não temos qualquer responsabilidade com essa
crise mundial, que é consequência da infinita ganância dos grandes especuladores
capitalistas.

Afirmamos que essa crise não é nossa e não aceitaremos calados que nos façam pagar
seu preço. Sua origem está bem distante de nós, lá para os lados de Wall Street. Ainda assim, já sentimos na pele seus efeitos.

Na Educação, universidades privadas estão diminuindo gastos à custa da qualidade. Os
tubarões do ensino não aceitam diminuir suas altas taxas de lucro e por isso mesmo não são poucas as instituições que, se aproveitando da crise, estão demitindo em massa professores e funcionários ou mesmo fechando as portas sem oferecer maiores
explicações ou qualquer perspectiva aos estudantes. A Universidade pública corre o risco de ver o seu orçamento cortado pelo contingenciamento de verbas voltadas às áreas sociais. Nas demissões que começam a acontecer, são os mais jovens os primeiros a serem dispensados e devemos estar na linha de frente para exigir medidas do governo que proibam demissões.

Se a bomba estoura com mais força no colo da juventude, a reação precisa vir de nossas mãos. Nossa geração não optou pela crise, mas lamentar não é uma opção. Precisamos tomar as ruas, aproveitar a oportunidade que esta crise nos proporciona e sepultar para sempre o projeto neoliberal a partir da queda do muro deles, o Wall Street.

Neste cenário de dificuldades, somente com ações amplas e unitárias seremos capazes
de combater o desemprego e os cortes do orçamento público e fazer aprofundar as
mudanças em curso no nosso país. Nossa maior arma é a pressão das ruas.

Convocamos, portanto, todo o movimento estudantil brasileiro às ruas construindo
grandes mobilizações no próximo dia 30 de março em unidade com o conjunto do
movimento social brasileiro em defesa do direito à educação, a meia entrada e por verbas públicas para as universidades públicas. Na Jornada de Lutas que se aproxima daremos nosso recado. Não pagaremos por esta crise! Queremos mais conquistas para a
educação!

Dia 30 as 9 da manhã na Praça Alencastro.

quinta-feira, 12 de março de 2009

UBES pressiona senadores em defesa da reserva de vagas



A blitz nos corredores da Casa aconteceu nesta quarta-feira (11). Os estudantes foram recebidos pelo presidente do Senado, José Sarney. Do gabinete de Sarney, eles seguiram para outros gabinetes, em busca de apoio para o projeto

A luta pela aprovação do projeto de lei da Câmara 180/08, que reserva 50% das vagas em universidades federais e estaduais para alunos egressos de escolas públicas ganhou novo gás nesta quarta-feira (11).

A juventude tomou conta do Senado Federal, em Brasília (DF). Com camisetas estilizadas, faixas e panfletos, centenas de estudantes de diversas regiões do País ocuparam o Senado em uma manifestação para pressionar os parlamentares a aprovarem imediatamente o projeto. O texto aguarda deliberação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), presidida pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

Durante a Blitz da Reserva de Vagas mobilização organizada pela UBES, o presidente da entidade Ismael Cardoso, ressaltou a importância da aprovação do projeto como instrumento de inclusão de milhares de brasileiros que não conseguem entrar numa universidade.

"Não aceitamos mais ficar de fora da universidade. Viemos conversar com cada senador e pedir o apoio pela aprovação do projeto. O Senado precisa atender a um anseio da população, que apóia amplamente o mecanismo", explicou.

O grupo de estudantes de diversos estados e entidades estudantis – circulou pelos corredores da Casa para argumentar com os senadores e reivindicar o apoio à reserva de vagas. Os jovens foram recebidos também pelo presidente do Senado, José Sarney.

"O que acontece hoje é que quem estuda no ensino médio privado entra para a universidade pública e quem estuda no ensino médio público entra para a universidade privada", protestou Ismael.

Os estudantes pediram o apoio de Sarney para a aprovação da reserva de vagas. Apesar de se dizer favorável à medida, o presidente da Casa afirmou que, para que o projeto seja colocado em pauta, será necessário primeiro aprová-lo na CCJ.

A passagem pela capital federal foi finalizada com um ato, em que palavras de ordem como "Filho de pedreiro vai poder virar doutor", "Sou estudante, quero estudar. Reserva de Vagas Já!", chamaram a atenção dos parlamentares, funcionários e demais pessoais que passavam pelo Congresso Nacional. Vale ressaltar que a realização do ato só foi possível do lado de fora do Senado, já que somente um grupo menor foi autorizado a entrar e falar com os senadores.

As cotas já vêm sendo adotadas no país, mas não existe uma lei aplicável a todas as universidades públicas. Nem todas as instituições aderiram à política, e as que adotam esse tipo de programa criam regras próprias para garantir a reserva de vagas para negros e pardos - e, eventualmente, também indígenas.

Acompanha a tramitação do projeto
O projeto foi apresentado na Câmara pela deputada Alice Lobão (DEM-MA). O texto prevê que as vagas para os segmentos étnicos - reservadas por curso e turno - sejam ocupadas por aqueles que se autodeclararem negros, pardos ou indígenas. A distribuição de vagas por cada um dos grupos será, no mínimo, igual à proporção dessas etnias na região onde estiver instalada a instituição de ensino, de acordo com o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Demóstenes disse ainda que o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) deverá apresentar na reunião da CCJ desta quarta-feira (11) proposta de audiência pública para debater o tema. Com isso, ele acredita que o projeto será reformulado, não ficando na forma como recomendado pela relatora, Serys Slhessarenko (PT-MT), que defende a instituição das cotas. Tasso deverá apresentar voto em separado na reunião seguinte, após pedido de vista da proposição.

Ouvida depois da visita dos estudantes ao presidente da CCJ, a senadora Serys Slhessarenko minimizou a polêmica em torno da matéria e disse que, provavelmente, fará algumas modificações em seu relatório, para tornar mais clara sua redação.

- O senador Demóstenes está contrário, assim como outros senadores, porque acha que é uma questão de renda, que tem de ficar mais explícita, o quanto está para a questão de renda e o quanto está para a questão de raça. Vamos explicitar a redação. É isso que nós vamos buscar e não será necessário o voto em separado - disse a senadora.

Serys elogiou a participação de integrantes da UBES, que vieram ao Senado para pressionar pela aprovação da proposta. Disse que há "uma parte interessada, que está mostrando sua opinião, sua busca, sua vontade".

quinta-feira, 5 de março de 2009

GENPO 2009

Presidente – Renato Sagula
Vice – Presidente –Alexandre Emanuel 1º D
Conselheiros: Rarikan Heven, Raylander Maia, Marciano Rodrigues e Aquila Malcã.
Secretário Geral – Ariane Adriely 2º
Primeiro Secretário – Williann Torres 1º C
Tesoureiro Geral – Ana Claudia Fernandes 2° A.
Primeiro Tesoureiro – Gleyson Silva 1º A.
Coordenador Geral: Mara Meire 3º A.
Coordenador Matutino: Luan Marques 1º F.
Coordenador Vespertino: Victor Hugo 2º H.
Coordenador Noturno: Tamara Geórgia 1º II
Diretor Social – Paulo Henrique 3º A, Daniela Oliveira 3º A e Kamila (Noturno)
Diretor de Comunicação – Marcos Velasco 2º e Yves Marcel 1º E.
Diretor de Imprensa – Gene 3º B, Kryslaine Michelly 2º I e Reinald 1º A.
Diretor de Esportes – André Vinicius 1º D, Jozan Diego 1º I, Kessi 6ª B e Renner Abbas 3º A.
Diretor de Cultura – Meyrellyson Rodrigues 2º H, Maysa 3º e Yasmim Ormond 2º B.
Diretor de Políticas Educacionais – Ellen 7º A, Renan 1º F e Emilli 3º I (Noturno)
Diretor de Mobilizações sociais – Guilherme 7º D, Rodolfo Kusumoto 2º e Tamires 2º II (Noturno)
Diretor Anti-Preconceito: Rodail, Angélica Lima 3º A

11 de março: UBES vai ocupar Senado em defesa da reserva de vagas

Estudantes farão vigília no plenário do Senado para pressionar pela aprovação do Projeto de Lei

A UBES está convocando estudantes de todo o País para uma ocupação no Senado Federal em defesa da reserva de vagas no dia 11 de março. O objetivo é pressionar os parlamentares pela aprovação do PL 3.913/08, que reserva 50% das vagas em universidades públicas para alunos de escolas públicas.

Dentro desta cota, haverá vagas específicas para candidatos que se declararem negros ou índios, proporcionais de acordo com a região do país em que está a instituição de ensino. Os deficientes também teriam vagas reservadas, independente de terem estudado em escolas públicas.

"Sempre defendemos a reserva de vagas, pois compreendemos que só dando oportunidade ao povo é que poderemos transformar nosso País. Nessa ocupação vamos reforçar nosso posicionamento e pressionar para que o projeto seja aprovado o quanto antes", afirma o presidente da UBES, Ismael Cardoso.

O projeto
As vagas reservadas pelo sistema devem ser preenchidas por candidatos "autodeclarados negros, pardos e indígenas", em número no mínimo igual à proporção destas populações no Estado onde fica a instituição de ensino. Para tanto, serão considerados os dados do último censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Um acordo entre os parlamentares também incluiu um critério social no sistema de cotas. Assim, 25% das vagas reservadas serão destinadas para aqueles que, além de terem estudado em escolas públicas, sejam de famílias com renda de até um salário mínimo e meio por pessoa (cerca de R$ 622,50), independente de raça ou etnia.

De acordo com o texto, as universidades públicas deverão selecionar os alunos do ensino médio em escolas públicas tendo como base o coeficiente de rendimento, obtido através de média aritmética das notas ou menções obtidas no período, considerando-se o currículo comum a ser estabelecido pelo Ministério da Educação. As cotas deverão ser respeitadas em cada curso e turno das universidades.

O texto faculta às instituições privadas de ensino superior o mesmo regime de cotas em seus exames de ingresso.

UBES

Ubes 60 Anos
Em cada escola um Grêmio construindo uma nova escola.
Contra o Aumento da Tarifa Municipal e pela Ampliação do Passe Livre.

É um ano muito importante para os estudantes brasileiros onde comemoramos 60 anos da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), que desde a sua fundação sempre cumpriu seu papel em defesa do Brasil e de uma Educação Pública, Gratuita, Laica, Democrática e de Qualidade.

Já na década de 50 a UBES foi a pioneira na campanha “O petróleo é Nosso” que culminou na grande vitória que foi a criação da Petrobrás que hoje é um dos símbolos do orgulho nacional. Nas décadas de 60,70 e 80 a UBES foi importante na luta contra a Ditadura Militar e pela Redemocratização do Brasil. Outras lutas foram símbolos dessa gloriosa entidade como as Diretas Já, o Fora Collor, a Lei do Grêmio Livre, volta do ensino médio integrado com o técnico nas escolas técnicas, criação do FUNDEB e entre outras conquistas.

Nos dias de hoje a UBES continua a todo vapor, com o som bem alto, nas escolas e nas ruas de nosso país, lutando pela construção de uma nova escola com mais verba, democracia e qualidade.

Em Cuiabá não é diferente a UBES está nas ruas lutando juntamente com o SINTEP pelo reajuste do piso salarial da categoria dos professores da rede estadual, contra o aumento da tarifa municipal e ampliação do passe livre. Começamos o ano participando e sendo destaque numa grande passeata no dia 18 de fevereiro onde os estudantes e a sociedade cuiabana foram para as ruas lutar contra o aumento da tarifa e pela ampliação do passe livre.

Esse foi apenas o começo de um ano repleto de mobilizações para que possamos alcançar todos os nossos objetivos de conseguir uma cidade, um estado e um País com acesso a um transporte digno, educação pública de qualidade, novo modelo de acesso a Universidade pública, professores bem remunerados, passe livre irrestrito e não as cotas na Meia Entrada.


Rarikan Heven – 1° Diretor de Políticas Institucionais da UBES
www.ubesmatogrosso.blogspot.com // www.ubes.org.br